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Descubra como a Allink está transformando o cenário logístico conferindo abaixo os conhecimentos compartilhados por nossa equipe de especialistas.

Uma pessoa está escrevendo em uma prancheta ao lado de uma pilha de caixas de papelão.
Por Marketing Allink 29 de novembro de 2024
Entenda o que é Proforma Invoice, como interpretá-la e escolha o Incoterm correto para garantir operações seguras no comércio exterior.
Um homem aperta a mão de um navio ao fundo.
Por Equipe Allink 5 de novembro de 2024
O Incoterm CIF é uma ferramenta essencial para facilitar transações internacionais, fornecendo clareza sobre as responsabilidades do vendedor e do comprador em relação ao transporte, frete e seguro da mercadoria.
Um homem está escrevendo em uma prancheta na frente de um caminhão.
Por Carla Vieira 2 de outubro de 2024
Saiba o que é a FISPQ e sua importância crucial no transporte seguro de cargas perigosas.
Uma vista aérea de navios de carga em um porto com um mapa do mundo ao fundo
Por Equipe Allink 22 de agosto de 2024
Já se perguntou como são definidas as responsabilidades em uma transação comercial internacional? Quem cuida do transporte da mercadoria, dos custos e do seguro? A resposta é mais simples do que parece e está encapsulada em um conceito chamado "Incoterms". Neste artigo, vamos nos concentrar especificamente no Incoterm FOB (Free on Board), uma regra frequentemente utilizada que tem impactos significativos no comércio global. [Baixe gratuitamente o ebook + template Incoterms: tudo o que você precisa saber + tabela ilustrativa ] FOB (Free on board) o que é? FOB, uma abreviação para "Free on Board", é um termo utilizado em negociações internacionais, especificamente dentro do conjunto de regras conhecido como Incoterms. Ele descreve um ponto de transição de obrigações específicas entre o vendedor e o comprador. Quando um negócio é realizado sob o Incoterm FOB, a responsabilidade do vendedor se encerra no momento em que a mercadoria ultrapassa a amurada do navio no porto de embarque designado. Essencialmente, o vendedor cumpriu seu papel uma vez que os bens foram carregados a bordo do navio. A partir desse instante, todos os encargos, riscos e possíveis prejuízos relacionados à mercadoria passam a ser de responsabilidade do comprador. O FOB é aplicável a diferentes tipos de transporte aquaviário, incluindo marítimo, fluvial e lacustre. A oficialização da entrega da mercadoria acontece no momento em que ela cruza o bordo do navio, indicado pelo comprador. Após essa etapa, todas as despesas e responsabilidades ligadas à mercadoria são transferidas para o comprador. [Baixe gratuitamente o ebook + template Incoterms: tudo o que você precisa saber + tabela ilustrativa ] Categorias do Incoterms Incoterms , acrônimo de "International Commercial Terms" ou, em português, "Termos Internacionais de Comércio", representam um conjunto de normas que orientam transações comerciais internacionais. Através desses termos, as responsabilidades, como o pagamento do frete, o ponto de entrega da mercadoria e quem deve providenciar o seguro, são claramente definidas e padronizadas. A lista de Incoterms inclui: 1. EXW (Ex Works): Neste termo, o vendedor disponibiliza a mercadoria ao comprador no local combinado (que pode ser seu próprio estabelecimento ou um armazém por exemplo), assumindo a mínima responsabilidade possível sobre a mercadoria. 2. FCA (Free Carrier): Aqui, o vendedor se responsabiliza pela mercadoria até sua entrega ao transportador determinado pelo comprador. 3. FAS (Free Alongside Ship): Neste caso, o vendedor deve entregar a mercadoria ao lado do navio indicado pelo comprador, no porto de embarque designado. 4. FOB (Free On Board): O vendedor cumpre sua obrigação ao colocar a mercadoria a bordo do navio no porto de embarque. 5. CFR (Cost And Freight): Aqui, quem fica responsável pelo pagamento dos custos e do frete necessário para levar a mercadoria ao porto de destino é o vendedor. 6. CIF (Cost, Insurance And Freight): Semelhante ao CFR, mas o vendedor também deve providenciar o seguro. 7. CPT (Carriage Paid To): O vendedor paga o frete para levar a mercadoria ao destino escolhido pelo comprador. 8. CIP (Carriage And Insurance Paid To): Similar ao CPT, mas o vendedor também deve providenciar o seguro contra o risco de perda ou dano à mercadoria. 9. DPU (Delivered at Place Unloaded, anteriormente DAT): O vendedor entrega a mercadoria no local de destino acordado ao comprador. 10. DAP (Delivered at Place): A mercadoria é considerada entregue quando disponibilizada ao comprador no local de destino designado. 11. DDP (Delivered Duty Paid): O vendedor entrega a mercadoria ao comprador, desembaraçada para importação no local de destino designado. [Baixe gratuitamente o ebook + template Incoterms: tudo o que você precisa saber + tabela ilustrativa ] Grupo F dos Incoterms O Grupo F dos Incoterms consiste em regras que determinam que o vendedor é responsável pelos custos, riscos e seguro até o ponto em que a mercadoria é entregue para exportação. Este grupo é composto por três Incoterms distintos: FCA, FAS e FOB. O FCA (Free Carrier), ou Livre Transportador, obriga o vendedor a encaminhar a mercadoria até o transportador designado, assumindo a responsabilidade pelo desembaraço aduaneiro. A obrigação do vendedor termina quando a mercadoria é entregue para exportação. O FAS (Free Alongside Ship), ou Livre no Costado do Navio, estipula que a mercadoria deve ser posicionada pelo vendedor ao lado do navio no porto de embarque designado. Recentemente, com a atualização dos Incoterms, a tarefa de desembaraçar a mercadoria se tornou responsabilidade do vendedor, enquanto que em versões anteriores, tal responsabilidade recaía sobre o comprador. Por fim, o FOB (Free on Board), ou Livre a Bordo do Navio, determina que o vendedor deve colocar a mercadoria a bordo do navio indicado pelo comprador no porto de embarque designado, além de cumprir com todas as formalidades de exportação. O comprador, neste caso, fica encarregado pelo pagamento do frete e por todas as despesas relacionadas à retirada da mercadoria. Vale ressaltar que, dentre os três Incoterms do Grupo F, apenas FOB e FAS se aplicam a operações de transporte aquaviário. Em contraste, o Incoterm FCA abrange todos os modais de transporte, oferecendo maior flexibilidade nesse sentido. [Baixe gratuitamente o ebook + template Incoterms: tudo o que você precisa saber + tabela ilustrativa ] Incoterm FOB no Comércio Internacional O Incoterm FOB ganhou notoriedade no comércio internacional por oferecer simplicidade e eficiência para ambas as partes envolvidas na transação. A popularidade do FOB deve-se, em grande parte, à facilidade que proporciona tanto para o vendedor quanto para o comprador. Neste termo, o vendedor é responsável por entregar a mercadoria a bordo do navio designado pelo comprador, o que simplifica consideravelmente o processo de recebimento para este último. Todas as formalidades de exportação são cuidadas pelo vendedor, tornando a transação mais ágil e menos burocrática para o comprador. Adicionalmente, o Incoterm FOB permite um certo grau de flexibilidade durante as negociações. Ambas as partes podem chegar a acordos mais eficientes sobre a venda, o envio e o recebimento da mercadoria, o que pode levar a uma redução nas burocracias do despacho aduaneiro. Em resumo, o FOB serve como uma ferramenta valiosa no comércio internacional, facilitando e agilizando as transações comerciais. [Baixe gratuitamente o ebook + template Incoterms: tudo o que você precisa saber + tabela ilustrativa ] As responsabilidades no Incoterm FOB O Incoterm FOB estabelece uma distribuição específica de responsabilidades entre o vendedor e o comprador, dependendo da localização da mercadoria. No país de origem, o vendedor é encarregado da maior parte das responsabilidades. Isso inclui a embalagem e identificação da mercadoria, o carregamento inicial, o transporte dentro do país de origem, o seguro nacional, os direitos de exportação e o armazenamento. Além disso, o vendedor cuida das burocracias alfandegárias na origem e das despesas de embarque, bem como da estiva. A responsabilidade pela inspeção e peritagem da mercadoria é compartilhada entre o vendedor e o comprador. Leia também: Descubra o que é e como funciona um NVOCC Quando a mercadoria está em trânsito entre o país de origem e o país de destino, o comprador assume a responsabilidade pelo transporte e pelo seguro internacional. No país de destino, todas as obrigações e custos passam a ser do comprador. Isso inclui: manuseio da mercadoria armazenamento burocracias alfandegárias direitos de importação transporte dentro do país de destino seguro nacional descarga da mercadoria. É crucial lembrar que o Incoterm FOB tem abrangência internacional e, assim como os demais dos 11 Incoterms, ao serem incorporados em contratos de compra e venda, adquirem força legal. Isso garante uma interpretação jurídica precisa e determinada, proporcionando clareza e segurança para ambas as partes envolvidas na transação comercial. Conclusão Em resumo, a compreensão correta do Incoterm FOB é crucial para uma transação comercial internacional bem-sucedida. Especificamente, ao trabalhar com um NVOCC para cotação de frete marítimo, é imprescindível definir o Incoterms correto para o embarque. Essa precisão assegura que a cotação seja exata, sem custos adicionais inesperados ou despesas subestimadas, o que poderia resultar em perdas financeiras. Portanto, seja você um vendedor ou um comprador, compreender o papel do FOB no comércio internacional é uma necessidade absoluta. Com esta informação em mãos, você estará equipado para negociar eficientemente, evitar surpresas indesejadas e garantir uma transação comercial internacional bem-sucedida. Quer saber mais sobre os incoterms? Baixe o ebook com tudo o que você precisa saber sobre incoterms + tabela ilustrativa .
Um teclado com um recipiente e um globo nele
Por Equipe Allink 9 de outubro de 2023
Neste artigo, exploraremos a importância dos Incoterms no processo de cotação de frete em parceria com um NVOCC. Com exemplos práticos, abordaremos as razões pelas quais é necessário realizar a cotação com o correto Incoterms. Nos próximos tópicos, exploraremos os impactos de uma cotação sem a informação clara a respeito dos Incoterms, abordando os principais desafios e consequências que podem surgir ao longo do processo de transporte e logística. Vamos analisar como a falta de definição adequada do Incoterm pode gerar custos inesperados, bloqueio de carga, atraso e afetar a reputação do despachante ou agente de cargas que contratou o transporte. É fundamental compreender a importância dos Incoterms na cotação e garantir sua correta aplicação para uma negociação bem-sucedida e sem contratempos no comércio internacional. [Baixe gratuitamente o ebook + template Incoterms: tudo o que você precisa saber + tabela ilustrativa ] O que são incoterms e qual sua importância na cotação? Os Incoterms são termos que definem os direitos e obrigações dos compradores e vendedores em contratos de compra e venda internacional. Eles estabelecem claramente os custos, riscos e responsabilidades envolvidos no transporte e entrega das mercadorias. Esses termos são amplamente utilizados na indústria de comércio internacional para evitar ambiguidades e garantir que todas as partes envolvidas tenham uma compreensão comum das condições acordadas. Compreender a relevância destes termos e utilizá-los adequadamente nas cotações é fundamental para garantir clareza, eficiência e segurança nas operações. Distribuição de Custos: Os Incoterms são, em essência, os balizadores da distribuição de custos em um processo de importação ou exportação. Eles determinam em qual etapa cada valor será aplicado, se será de responsabilidade do importador ou do exportador. Ponto de Transferência de Riscos: O momento em que a mercadoria é entregue pelo exportador é crucial. A partir desse ponto, determina-se quem assume os riscos relacionados ao transporte e outras adversidades que possam surgir. O Incoterm escolhido é quem vai ditar a partir de qual momento, por exemplo, o "shipper" (ou "exportador") deixa de ser responsável pela carga e a entrega ao "consignee" (ou "importador"). Risco de Transporte: Não podemos desconsiderar a questão do risco de transporte. Os Incoterms especificam com precisão em qual momento da transação esse risco é transferido. Por isso, ao elaborar uma cotação, é de suma importância definir qual Incoterm será utilizado para determinar claramente até onde vai a responsabilidade de cada parte envolvida. Ao realizar uma cotação, os Incoterms são essenciais para determinar os custos e serviços internacionais associados à transação. No entanto, é importante ressaltar que a negociação dos Incoterms é feita entre os clientes finais, ou seja, os importadores e exportadores. Um NVOCC , devido à sua neutralidade, não tem acesso aos detalhes específicos do acordo entre as partes. Portanto, é fundamental que o agente de cargas ou o despachante possa fornecer as informações necessárias sobre os custos e responsabilidades acordados entre os clientes finais. No transporte marítimo, o Incoterm mais utilizado é o FOB (Free on Board) , que indica que o vendedor é responsável pelo transporte e custos até o momento em que a mercadoria ultrapasse a amurada do navio no porto de embarque. [Baixe gratuitamente o ebook + template Incoterms: tudo o que você precisa saber + tabela ilustrativa ] A falta de clareza do Incoterm utilizado na cotação pode levar a custos inesperados durante o processo de transporte e entrega das mercadorias. Por isso, é fundamental que todas as partes envolvidas prestem atenção aos detalhes e garantam que os termos sejam definidos de forma precisa e compreendidos por todos. No caso específico do Brasil, é importante mencionar que o país não aceita na importação o Incoterm DDP (Delivered Duty Paid) devido a questões tributárias. Portanto, ao realizar uma cotação que envolva o Brasil, é essencial considerar essa informação e utilizar outros termos apropriados. Impactos de uma cotação sem a informação clara a respeito dos incoterms Uma cotação sem a informação clara a respeito dos Incoterms pode ter impactos significativos em toda a cadeia de transporte e logística . Se ocorrer algum problema nessa etapa inicial, todos os estágios subsequentes do processo serão afetados. Abaixo estão alguns dos principais impactos decorrentes da falta ou da divergência do Incoterm na cotação: Alteração de custos e taxas A precisão do custo numa cotação é um componente essencial para tomada de decisão. Os Incoterms, ao definirem responsabilidades e custos, são uma parte fundamental dessa equação. E quando a informação relativa a eles está ausente ou é imprecisa, as consequências podem ser significativas. Muitos agentes de carga ou despachantes, ao iniciarem a busca por cotações, não entregam uma definição clara do Incoterm a ser utilizado. Por vezes, eles buscam apenas uma estimativa baseada em um embarque futuro sem detalhes concretos como o packing list, proforma invoice ou os termos contratuais entre importador e exportador. Na maioria dos casos, os termos mais simples, como FOB ou CFR, são considerados, pois representam as opções mais básicas de "Porto a Porto". No entanto, essa abordagem pode não refletir a realidade da operação proposta. O principal impacto desta falta de precisão é evidente: sem conhecer o Incoterm real, não se pode fornecer uma estimativa de custo correta. Isto pode levar a surpresas desagradáveis mais tarde no processo, resultando em alterações inesperadas de custos e taxas. Deixar de considerar um serviço complementar Sem uma visão clara sobre o Incoterm envolvido há o risco de negligenciar serviços essenciais que podem ser cruciais para a operação bem-sucedida de uma exportação ou importação. Muitas vezes, ao receber uma estimativa inicial baseada em um termo simplificado, como o Porto a Porto, a percepção pode ser erroneamente limitada ao transporte principal – seja ele marítimo ou aéreo. No entanto, esta é apenas uma fração do processo logístico completo. Sem a clareza dos Incoterms, existe o perigo de não considerar serviços complementares vitais para o fluxo da operação. Estes podem incluir: Coleta: a retirada da mercadoria do local do vendedor até o ponto de embarque. Desembaraço: todos os processos relacionados ao desembaraço aduaneiro, que variam de acordo com os regulamentos de cada país. Seguro: As proteções necessárias para a mercadoria durante todo o seu trânsito, que podem depender do Incoterm escolhido. Estes, entre outros serviços, são frequentemente essenciais, dependendo do Incoterm em questão, e sua negligência pode resultar em interrupções, atrasos e custos adicionais. Bloqueio de carga Sem a informação clara dos Incoterms, é possível que ocorram problemas no momento do embarque da carga. As autoridades portuárias podem exigir documentos específicos ou evidências de responsabilidade que não foram previstos na cotação. Isso pode levar ao bloqueio da carga no porto e atrasos significativos no processo de transporte. Os Incoterms são projetados para esclarecer as responsabilidades de cada parte envolvida em uma transação. Por exemplo, em certos Incoterms, o exportador é responsável por cobrir todos os custos e garantir que a carga seja transportada até a entrega ao importador. Se houver uma má compreensão ou informação incorreta sobre qual Incoterm foi acordado, a carga pode enfrentar problemas ao chegar ao destino. O porto ou aeroporto de destino pode apresentar uma cobrança ao importador, que pode se recusar a pagar, alegando que esses custos não eram de sua responsabilidade conforme os termos acordados. Quando a carga é retida devido a desentendimentos ou falta de clareza sobre os Incoterms, os custos podem acumular rapidamente. Além das taxas associadas ao armazenamento da carga, podem surgir custos adicionais devido a atrasos no processo. Esta situação pode ser ainda mais complicada se não houver um entendimento claro sobre quem deve arcar com esses custos adicionais. [Baixe gratuitamente o ebook + template Incoterms: tudo o que você precisa saber + tabela ilustrativa ] Impacto negativo na imagem do despachante ou agente de cargas Se um despachante ou agente de cargas não disponibilizar corretamente as informações dos Incoterms na cotação, isso pode causar um impacto negativo na relação com seu cliente. A compra incorreta de um serviço de transporte devido à falta de clareza nos termos pode resultar em problemas e desentendimentos, o que afeta a confiança e a imagem do despachante ou agente de cargas. É fundamental que todas as partes envolvidas estejam atentas a esses detalhes e garantam que os termos sejam definidos corretamente desde o início, a fim de evitar problemas e assegurar uma negociação eficiente e tranquila no comércio internacional. Problemas graves que podem ocorrer (com um exemplo real) A má compreensão ou definição dos Incoterms pode acarretar sérias consequências financeiras e operacionais. Vejamos um caso real: um cliente brasileiro exportava para os EUA sob o Incoterm "FOB", limitando sua responsabilidade ao embarque da mercadoria. Contudo, informava ao seu cliente americano que a operação era "DDU", onde ele assumia a responsabilidade até a entrega final, excluindo impostos. Essa abordagem ambígua visava aproveitar incentivos fiscais no Brasil. Contudo, a situação se complicou quando a carga foi roubada em um terminal em Nova Iorque. A seguradora, baseando-se no "FOB", recusou-se a indenizar, enquanto o importador, apoiando-se no "DDU", insistiu na cobertura e não efetuou o pagamento da mercadoria e nem do frete. Houve uma abertura de processo judicial nos EUA e o exportador precisou contratar advogados para tentar ser ressarcido pelo terminal onde ocorreu o roubo. Prejuízo desse embarque? Mais de R$1.000.000,00!!! Este caso ressalta a necessidade de clareza ao definir Incoterms. Ambiguidades ou mal-entendidos podem culminar em disputas legais e prejuízos financeiros, destacando a importância de todas as partes estarem alinhadas e cientes de seus papéis e responsabilidades. Incoterms inexistentes que devem sumir do seu vocabulário Ao longo do tempo, surgiram algumas expressões que, embora populares em algumas conversas do setor, são tecnicamente inexistentes ou contraditórias. Vamos explorar algumas dessas expressões e explicar por que elas devem ser eliminadas do seu vocabulário comercial, especialmente na cotação: FOB Prepaid "FOB" (Free on Board) refere-se ao vendedor entregando as mercadorias a bordo do navio no porto de embarque e o frete internacional sendo de responsabilidade do comprador, ou seja, collect (pago no destino). No entanto, o termo "prepaid" não é uma parte reconhecida do Incoterm FOB, pois significa que o frete seria prepaid (pago na origem). Se o frete precisa ser prepaid, pode ser usado o CFR, mas cuidado, porque nesse incoterm outras responsabilidades fazem parte. FCA com Coleta O termo "FCA" (Free Carrier) significa que o vendedor disponibiliza a mercadoria em sua sede ou transporte até o local indicado pelo importador. É importante saber o local que a carga será disponibilizada, podendo já ser no próprio porto ou aeroporto, por exemplo. Adicionar "com coleta" é redundante e pode criar confusão, uma vez que a coleta está implícita no FCA. Lembrando que no FCA quem realiza o desembaraço é o importador. DDP sem Impostos "DDP" (Delivered Duty Paid) implica que o vendedor entrega as mercadorias ao comprador, pagando todos os direitos aduaneiros. Portanto, "DDP sem impostos" é contraditório, pois a ideia central do DDP é que todos os custos e taxas estão cobertos, inclusive os impostos. DAP Collect "DAP" (Delivered At Place) indica que o vendedor deverá fazer o transporte internacional e levar a mercadoria até o local combinado com o comprador, porém o desembaraço no destino e a descarga da mercadoria fica a cargo do comprador. Se o vendedor precisa pagar o frete, logo ele será prepaid (pago na origem) não cabendo o collect (pago no destino). FOB Aéreo "FOB" é um termo usado para transporte marítimo. Usá-lo no contexto do transporte aéreo é errado e pode levar a mal-entendidos. Em situações de transporte aéreo, termos como "FCA" ou "EXW" são mais apropriados. CIF sem Seguro "CIF" (Cost, Insurance, and Freight) explicitamente inclui o custo do seguro no preço da mercadoria. Assim, "CIF sem seguro" é uma contradição em termos. Afinal, como descobrir o incoterm certo? Como um agente de cargas ou despachante pode assegurar-se de que tem o Incoterm correto antes de solicitar uma cotação com um NVOCC? A resposta muitas vezes está no início do processo de negociação. Ao estabelecer uma transação comercial internacional, o exportador, em geral, enviará ao importador uma "proforma invoice" ou fatura proforma. Esse documento é um compromisso preliminar de venda e geralmente inclui detalhes essenciais sobre a transação proposta. Dica valiosa: A proforma é a chave para encontrar o Incoterm correto. Em sua estrutura, você encontrará diversas informações relacionadas ao acordo de venda, incluindo, entre outros, o Incoterm acordado. Esta especificação determinará a divisão de responsabilidades e custos entre o exportador e o importador. Quando a cotação é feita com o incoterm correto, o principal beneficiado é o agente de cargas ou despachante, já que deixarão de enfrentar os eventuais problemas já destacados até aqui. Conclusão Neste artigo, destacamos a importância dos Incoterms no processo de cotação. Eles desempenham um papel fundamental na definição dos direitos, responsabilidades e custos entre compradores e vendedores no comércio internacional. Para os agentes de cargas e despachantes, é crucial ter acesso exato às informações dos Incoterms ao cotar os serviços. Isso garante uma negociação precisa e evita custos inesperados, bloqueios de carga, atrasos e danos à reputação. Os exemplos práticos demonstraram como a falta de clareza nos Incoterms pode gerar impactos negativos, como alterações de custos, taxas, bloqueios de carga e demoras no processo de transporte. Como parceira confiável e capacitada, a Allink se destaca como um NVOCC experiente, capaz de atender às necessidades dos agentes de cargas e despachantes. Com conhecimento preciso dos Incoterms, a Allink garante cotações completas e serviços internacionais eficientes. Portanto, ao realizar uma cotação, é essencial compreender a importância dos Incoterms e contar com um parceiro confiável como a Allink, que entende a relevância desses termos e garante uma negociação transparente e livre de contratempos. Baixe gratuitamente o ebook + template Incoterms: tudo o que você precisa saber + tabela ilustrativa e não tenha mais dúvidas sobre o assunto.
Por Carla Vieira 12 de setembro de 2023
In the complex scenario of international trade, clarity in the responsibilities and duties of sellers and buyers is crucial. After all, the movement of goods between different countries involves several aspects, from logistical issues to customs and tax regulations. In order to establish these parameters in a clear and uniform manner, Incoterms, or International Trade Terms, were created. They are globally recognized standards that define and distribute the obligations, costs and risks between the seller and the buyer in an international commercial transaction. Among the various Incoterms available, DDP (Delivered Duty Paid) stands out for placing a significant burden of responsibility on the exporter. Intended for freight forwarders and freight forwarders, this article will delve deeper into the Incoterm DDP, its particularities, advantages, disadvantages and applicability in the Brazilian context. What is the Incoterm DDP? DDP is the acronym for "Delivered Duty Paid", which, translated into Portuguese, means “delivered with duties paid”. This is a term that places the main responsibility on the exporter. By opting for the Incoterm DDP, the exporter assumes the obligation to pay for and coordinate all procedures until the goods are delivered to the place designated by the importer. This commitment ranges from the payment and contracting of internal transport, both in the country of origin and destination, through customs clearance at origin, international transport and insurance, to the completion with customs clearance and payment of all taxes and duties in the country of destination. When discussing Incoterms, it is vital to understand their four distinct categories. In this context, group D specifies that the exporter or seller bears the majority of the risks and costs. This decision on the terms should be agreed upon and finalized during the negotiation of the purchase of the product. From this perspective, the buyer or importer finds himself in an advantageous position. After all, most of the responsibilities associated with international trade and product logistics fall on the exporter. However, this convenience comes at a price. Products under the Incoterm DDP tend to have higher values ​​due to all the charges, obligations and responsibilities incorporated. Therefore, for the buyer, choosing DDP usually implies a more substantial investment. Read also: How does an NVOCC work? Difference between Incoterms DAP and Incoterms DDP When we approach Incoterms, we find different modalities that establish the responsibilities of the exporter and the importer in an international commercial transaction. Among them, DDP and DAP stand out. DAP (Delivered at Place): In DAP, the exporter's responsibility ends when the product is made available to the buyer at the agreed place and date, provided that the goods are not at a terminal, but ready to be unloaded from the transport vehicle. The exporter's responsibility is basically to ensure that the goods reach the stipulated destination. In this case, it is up to the importer to comply with customs formalities, payment of duties, import taxes and unloading of the goods. DDP (Delivered Duty Paid): In DDP, the exporter not only guarantees the delivery of the goods to the destination, but also assumes responsibility for customs clearance, payment of taxes and other obligations upon import. In simplified terms, the product is delivered to the buyer already cleared and with all charges paid. The main distinction between the Incoterms DDP and DAP is the level of responsibility that the exporter assumes for the goods. In DAP, the exporter guarantees the arrival of the goods at the stipulated location, with customs clearance being the responsibility of the importer. In DDP, on the other hand, the exporter not only ensures delivery, but also takes care of the clearance, delivering the finished product to the buyer. Incoterm DDP in Brazilian imports: is it allowed? The answer is no. Incoterm DDP, which imposes responsibility for customs fees and costs on the exporter, is not allowed for imports made in Brazil. This restriction occurs due to Brazilian legislation that prohibits foreign companies from making payments and collecting taxes related to imports in the country. Therefore, only companies duly authorized to operate in Brazilian foreign trade are authorized to conduct imports and, consequently, to make the associated tax payments. On the other hand, this scenario does not prevent Brazil from exporting under the Incoterm DDP. However, for this to occur, it is essential that the country receiving the goods allows foreign companies to be responsible for paying import taxes. If the importing country agrees to this practice, the buyer may, without hindrance, ils, request the use of the Incoterm DDP from the Brazilian seller. For Brazilian importers seeking alternatives to DDP, a viable option is the Incoterm DAP. By adopting this term, the importer assumes the responsibilities for collecting customs duties as soon as he is notified of the arrival of the goods in the national territory. Responsibilities and Risks in the Incoterm DDP The Incoterm DDP, which refers to the term "Delivered Duty Paid", establishes that the seller bears most of the responsibilities and risks associated with the transaction, from the origin to the delivery of the goods. However, it is vital to detail and clarify the obligations of each party (seller and buyer) under this Incoterm. DDP in the country of origin (seller's country): Packaging: Seller Identification: Seller Loading at origin: Seller Inland transport: Seller Local insurance: Seller Export duties: Seller Inspection: Seller Expertise: Seller Customs bureaucracy: Seller Storage: Seller Shipping costs: Seller Stevedo: Seller DDP between the country of origin and destination: Transportation: Seller International insurance: Seller DDP in the country of destination (buyer's country): Unloading: Seller Handling: Seller Storage: Seller Customs bureaucracy: Seller Import duties: Seller Inland transport: Seller Local insurance: Seller Unloading of goods: Buyer Seller's duties under Incoterm DDP: Ensure adequate packaging, labeling and marking for safe transportation. Load the goods onto the collection vehicle. Coordinate the pre-transportation of the goods from your factory to the port of shipment. Comply with all customs formalities in your country and cover the costs of clearance. Load the goods on the main transport. Coordinate and cover the costs of the main transport between the port of departure and the port of arrival. Unload the goods from the main transport. Provide insurance, if necessary, both local and international. Coordinate the transport of the goods to the final destination. Comply with customs formalities for the import of the goods into the country of destination. Buyer's duties under the Incoterm DDP: Unload the goods from the delivery vehicle at your premises. Provide insurance in the country of destination, if necessary. Conclusion The correct use of Incoterms, especially DDP, can be a powerful tool in international trade, optimizing processes, avoiding misunderstandings and clearly establishing the responsibilities of each party. As seen, while DDP offers many benefits and conveniences, it also has its own peculiarities, especially when it comes to the Brazilian import context.  For freight forwarders and brokers, delving deeper into this and other Incoterms is essential to ensure smooth operations without unpleasant surprises. If you want to delve even deeper into the details of Incoterms and their practical applications, we have excellent news! We invite you to download our free ebook "Incoterms: everything you need to know". As a bonus, you will also receive a detailed illustrative table to consult whenever you need. Master Incoterms and become an even more capable professional in the global trade scenario. Download it now and upgrade your expertise!
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