Transporte marítimo LCL: o que é e quando ele é a melhor opção?

Quando utilizar transporte marítimo LCL pode ser uma dúvida comum para agentes de carga que ainda não conseguiram compreender as oportunidades que esse tipo de modal representa.

O frete LCL (Less than a Container Load) é um assunto bastante popularizado no contexto da logística internacional, sobretudo para agentes de carga que tentam agregar valor ao seu serviço.

LCL nada mais é do que a divisão do contêiner entre diversas empresas que possuem a mesma origem e destino da carga, otimizando assim os custos para todos os envolvidos.

Antes de utilizar esse tipo de transporte marítimo, no entanto, é fundamental contar com um consolidador confiável e com anos de mercado. Esse especialista poderá auxiliar nos momentos de dificuldades para que os clientes dos agentes de cargas sejam bem atendidos e mantidos.

É sobre isso que falaremos neste artigo. Vamos embarcar nessa?

O que é transporte marítimo LCL?

O transporte marítimo LCL ocorre quando importadores e exportadores que não possuem carga o suficiente para utilizar um contêiner inteiro, se unem para dividir o valor do frete internacional.

Esse processo só é possível com a ajuda de um consolidador, ou seja, uma empresa neutra que consiga juntar essas cargas de distintas fontes e “fechar” um contêiner. Tal processo pode se dar na importação ou na exportação, embora seja mais volumoso nas rotas que chegam ao Brasil.

O Porto de Santos, aliás, é o maior importador dessa modalidade, ainda que não seja o único, já que é possível enviar cargas em LCL para diversos outros no país, sem precisar utilizar DTA (Declaração de Trânsito Aduaneiro).

Diferença entre LCL e FCL

Já detalhamos essa diferença anteriormente em uma publicação no nosso blog, mas, em resumo, o FCL (Full Container Load) é a modalidade em que apenas uma empresa utiliza o contêiner, sendo que muitas vezes ele o faz por possuir carga suficiente para preencher o contêiner inteiro. Já o LCL é a modalidade da qual o contêiner será dividido entre várias empresas.

Além disso, o importador decide quando utilizar transporte marítimo LCL também baseado em outros dados, como:

• preço;

• disponibilidade;

• tipo de carga;

• valor agregado;

• custos de coleta ou entrega;

• espaço disponível para carregar o contêiner.

Este último dado se justifica pois nem todo armazém possui espaço ou estrutura para receber um caminhão com um equipamento desses.

Quando o transporte marítimo LCL é a melhor opção?

É preciso analisar pontualmente quando utilizar transporte marítimo LCL, já que em alguns casos o aéreo e o FCL podem ser uma melhor opção. Contudo, na maioria das vezes o LCL é uma ótima ferramenta para economia no frete, já que os custos são previsíveis e os prazos bastante aceitáveis.

Para cargas de 1 a 5 metros cúbicos que tenham, na proporção, entre 1 tonelada e 5 toneladas, cujo valor CIF não ultrapasse os R$100 mil e não exijam anuências, o LCL certamente será a melhor opção. Fato é que o seu preço por tonelada métrica (ton/m ou w/m) normalmente compensa.

Veja se a mercadoria pode embarcar via marítimo LCL

Existem algumas restrições para cargas LCL como, por exemplo, as perecíveis. As cargas perigosas possuem diversas restrições para embarcarem em LCL e, dependendo do tipo, não podem entrar em contato com outras cargas.

As mercadorias que demandam anuência de ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ou MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), perecíveis ou não, precisam ter suas características avaliadas antes de seguir via LCL, já que nessa modalidade elas terão contato com outras que podem ser contaminantes ou contaminadas.

Ainda, cargas muito volumosas ou de tamanhos incomuns podem não ser uma boa pedida no LCL. Isso porque, com base no cálculo de cubagem padrão, estão sujeitas a adicionais do frete pelo excesso de tamanho.

Assim, as cargas mais comuns em LCL são:

• roupas e tecidos para a produção delas;

• peças de reposição;

• máquinas de todos os tipos;

• papéis;

• artigos de escritório;

• alguns tipos de eletrônicos;

• embalagens, etc.

Calcule a viabilidade financeira

Antes de decidir quando utilizar transporte marítimo LCL, é preciso fazer o cálculo completo da importação – ou exportação – já que o preço do frete nesta modalidade é por tonelada ou metro cúbico, sendo aplicável o que for maior.

Por outro lado, produtos pequenos, entre 100 e 300 kg, geralmente possuem um custo logístico final mais competitivo no modal aéreo, já que a armazenagem será aplicada com base em uma tabela mínima que quando adicionada ao preço do frete geralmente não compensa.

Verifique se o prazo atende

No LCL existe um prazo adicional se comparado ao FCL, que é o tempo de estufagem do contêiner (o que é conhecido no meio NVOCC como ova) e desova. É o caso de somar, em geral, uma semana no lead time do transporte na origem e uma no destino.

Esse prazo é o cut off de consolidação. Ou seja, prazo que os consolidadores têm para receber as cargas em um terminal e deixar prontas para embarcar em um contêiner, sendo que pode variar de país para país. Em alguns casos, o FCL será mais atrativo, em outros o aéreo ou até o rodoviário.

Na hora de cotar, o que saber?

Os agentes de cargas dependem de informações recebidas do importador e exportador para efetuar a cotação LCL, pois são eles que decidem quando utilizar transporte marítimo LCL. Dados como o peso da carga, dimensões, origem e destino, INCOTERM e valor FOB são cruciais para uma cotação ser providenciada.

Transporte marítimo LCL é com a Allink

Entre todos os NVOCCs existentes no Brasil, a Allink é a única totalmente neutra e que não atende clientes ao importador e exportador, tornando a experiência do agente de carga mais segura e confiável. Além dos muitos anos de experiência, a operação da Allink é excelente, tanto na importação como na exportação.

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