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OUTRAS FRONTEIRAS ANTES DO DIGITAL... - Allink Neutral Provider
Série especial:

O Comex do analógico ao digital: para relembrar o passado, conhecer o presente, refletir sobre o futuro!

Conteúdo exclusivo sobre o caminho do comércio exterior brasileiro!


Aqui na Allink nós somos apaixonados pelo comércio exterior, então, pensamos em algo especial para homenagear essa ciência única que é parte fundamental da evolução do mundo. Desse desejo, nasceu esse material, que reúne relatos, pesquisas e reflexões sobre a evolução do comex no Brasil a partir da informatização dos processos até os dias atuais e, de bônus, algumas perspectivas para o futuro.


A seguir você poderá embarcar em uma jornada única, que traz informações que não se encontra no Google: visões e relatos que vem da experiência cotidiana no fazer do comércio exterior por profissionais com riquíssima experiência na área!


Comandante desse trajeto:


Carla Vieira - Allink: Idealizadora dessa viagem!

Atua no comércio exterior desde 1998, passando por diversos setores. Trabalhou com os segmentos de importação, exportação, agente de carga, comissária, despacho, dentre outros. Atualmente é responsável pelo marketing da Allink, empresa na qual trabalha há 10 anos. Carla foi responsável pela idealização e realização das ações da semana do comex, incluindo as entrevistas que resultaram no presente material.


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HOJE, O NAVIO COMEX PARTE DO TEMPO EM QUE COMUNICAÇÃO E MOBILIDADE SE CONFUNDIAM, COM DESTINO À PROGRESSIVA DILUIÇÃO DAS FRONTEIRAS PELO DIGITAL.

Nos comunicamos, compartilhamos conteúdos, enviamos arquivos, realizamos pagamentos, dentre outras atividades online com velocidade semelhante a das transformações tecnológicas, aceleradas a partir dos anos 90, que nos trouxeram até aqui.


Muitos de nós - e nem é preciso estar na meia idade para isso - mal tivemos acesso a um telefone fixo na infância e, agora, vivemos conectados à internet. Essa evolução digital aproximou pessoas do globo inteiro.


Mas, e antes disso? Como se tocava o barco do comércio exterior? Nostalgia para os nascidos até os anos 90. Surpresa para quem já cresceu com o celular na mão.


Nosso percurso pelas transformações dos meios de comunicação no Comex começa agora!


O CORPO EM MOVIMENTO E OS MEIOS DE TRANSPORTE

O nosso meio de comunicação mais antigo é o corpo. Por muito tempo, ele foi o principal recurso disponível para fazer a comunicação acontecer. Lembrando da nossa entrevista com o David da Blue Route, até para conferir o andamento de um processo era preciso se locomover.


Por outro lado, o corpo sozinho não daria conta do que chamamos de comércio exterior. A evolução dos meios de transporte antecedeu a comunicação à distância na contribuição para celeridade e ampliação das possibilidades da área, transportando mercadorias e pessoas entre as fronteiras.


Martin Von Simson, do Guia Marítimo, nos conta sobre a busca de fornecedores no exterior antes da internet:


“Era muita viagem, muita coisa, era quase sempre mesmo. [...] Você queria vender caneca? Você tinha que ir à China procurar cinquenta fornecedores de caneca. [Agora] Numa ’googlada’ você encontra todos, entendeu? [...] Eu tenho mais milhas de avião do que eu gostaria.”


PLATAFORMA PLÁSTICA, TRANSPARENTE E PORTÁTIL: A PASTINHA ORGANIZADORA

“Atualmente, para você poder acompanhar, por exemplo, como é que está o andamento do seu embarque, pode acessar um site, a plataforma do seu prestador de serviço e você coloca lá o número de referência e descobre em que pé está o seu processo. Como era feito isso antes da chegada da tecnologia?”


Essa frase, dita por mim, Carla Vieira, da Allink, introduz o meu relato sobre o processo para acessar informações organizadas na base do papel e de pastas organizadoras. Quantas pastas L seriam necessárias para armazenar o conteúdo de um site que você acessa para trabalhar? Consultar e manter a organização desse material eram desafios à parte.


No universo dos arquivos físicos, esbarrar em uma mesa lotada de pastas, derrubando-as e misturando as folhas, poderia dar origem ao caos. Recursos como adesivos e fichas tipo checklist eram afixados na capa das pastas para facilitar a identificação. Mesmo assim, vez ou outra uma folha se perdia, dificultando ainda mais o que já era difícil.


ENQUANTO VOCÊ RECLAMA DAQUELE ÁUDIO COM MAIS DE 1 MINUTO...

Mesmo com um arquivo impecavelmente organizado, consultar informações no tempo das pastinhas era um evento. Como se obtinha informações externas nesse contexto? Te falo com esse trecho do meu depoimento:


“Então, eu como importadora nos anos 90, via de regra, por exemplo, entrava em contato com o meu prestador de serviço e ficava pendurada com ele no telefone perguntando: ’E aí? Qual é o status do meu processo 1? Qual é o status do processo 2’, e assim vai. Para vocês terem uma ideia, um dos trabalhos que eu tive foi essa parte de follow-up e eu passava todos os dias durante uma hora e meia com o prestador de serviço só pegando informação do processo[...]”


Na era digital, a aversão à chamada telefônica é comum, principalmente entre as gerações Z e millenials, como mostra a pesquisa da LivePerson. Há quem nem atenda ligações. Mas antes da consolidação da internet, o que o telefone trouxe foi uma mudança radical: comunicação à distância imediata e funcional.


O PODER DE UM COMPUTADOR SEM INTERNET JUNTO A UMA IMPRESSORA MATRICIAL

Atualmente é tão difícil desassociar o computador da web, que se a internet cai, não sabemos o que fazer diante dele. Apesar disso, offline e com equipamentos limitados, a revolução dos PC's não deixou nada intocado, mudando definitivamente os rumos do trabalho.


Algo aparentemente simples, como a separação entre a elaboração virtual e a impressão de um documento, eliminava uma enorme carga de retrabalho ao possibilitar correções antes da impressão. O digital offline já indicava um modo mais simples e eficiente de trabalho.


Essa influência foi transformando modos de pensar e produzir. Um exemplo foi a implantação dos Centros de Processamento de Dados (CPD), que, conforme David relatou, assumiram a digitação das DI's, antes datilografadas pelos próprios profissionais do Comex.


– VOCÊ JÁ USOU UM ORELHÃO? CÂMBIO.

Até 1997, o telefone público, vulgo ’orelhão’, era a alternativa de comunicação durante atividades externas. Nesse ano, a tecnologia PTT (radio trunking push-to-talk) da Nextel introduziu a comunicação móvel, imediata e acessível no Brasil.


Com seus jargões cinematográficos ’na escuta’ e ’câmbio’, o Rádio Nextel trouxe um avanço excepcional para mercados dinâmicos como o comércio exterior:


“Como é que funcionava esse rádio? Ele tinha um número específico, que você apertava um botãozinho, e você conseguia se comunicar de um lado pro outro. Como se fosse um walkie talkie. E isso foi muito expandido naquela época porque era uma forma rápida e fácil de você se comunicar com quem estivesse na rua.”


NEM TUDO DÁ CERTO NO TEMPO CERTO: O CASO DO FAX

O fax foi idealizado e patenteado em 1843, teve o primeiro aparelho produzido em 1947, mas só avançou para o uso comercial em 1970. Não no Brasil, onde ele se popularizou apenas nos anos 1990. Apesar da longa história, o fax demorou a alcançar um funcionamento satisfatório.


Os problemas eram vários, culminando na perda do que foi feito em caso de falha na conexão. Eu mesma já fui contratada só para passar fax, pois levava-se horas para fazer isso.


FINALMENTE O E-MAIL CHEGOU! MAS NÃO PARA TODOS. NÃO TÃO RÁPIDO!

Quantas contas de e-mail você tem? Quantas você usa? Se você tem alguma conta de e-mail da qual mal se lembra e nem se preocupou em recuperar, agradeça Sabeer Bhatia por não ter que pagar por isso. Inventado acidentalmente em 1971, o e-mail só começou a ser comercializado na década 1980, mas era uma tecnologia cara e limitada:


“[...] quando as primeiras contas de e-mail começaram a acontecer era muito caro ainda pras empresas terem esses e-mails. [...]. E ficava, às vezes, na máquina de uma pessoa. Então, se você precisava passar um e-mail, tinha que falar: ’olha, deixa eu sentar um pouquinho aí no seu computador pra poder passar o e-mail pro fulano de tal?’. Então o e-mail demorou muito pra ser uma ferramenta usada por todo mundo, né? Então o fax era uma coisa que ajudava nessa comunicação.”


Um dos problemas foi resolvido em 1983 com o webmail, que desvinculou o acesso das máquinas, mas o correio eletrônico só se popularizou na década de 1990, principalmente a partir de 1997, quando o indiano Sabeer Bhatia lançou o primeiro serviço de e-mail gratuito: o Hotmail.





Daí em diante, a evolução dos meios de comunicação junto às transformações tecnológicas prosseguiu rapidamente, superando fronteiras técnicas e territoriais, com impacto direto nas possibilidades de pensar e fazer o comércio exterior.


É claro que a tecnologia não exerceu esse impacto sozinha. Diversos eventos foram relevantes para a evolução da comunicação e do comex. A Revista Guia Marítimo, por exemplo, teve um papel revolucionário e pioneiro para o comércio exterior no Brasil.

Pronto para o próximo trajeto? Pegue seu bilhete e embarque no link:


O guia do aventureiro do comex.

Você já ouviu falar no Guia Marítimo? A revista que revolucionou as práticas do comércio exterior brasileiro prova que a inteligência humana é a base de qualquer evolução.

Ou, se você quiser conferir o trajeto anterior, vem aqui:

Bem-vindo à bordo do comex analógico!

Aqui você descobre como era fazer comércio exterior antes da informatização, quando o jeito para tudo era sair do lugar.

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