Bem-vindo a Bordo do Comex Analógico!
Bem-vindo a Bordo do Comex Analógico!

Série especial:

O Comex do analógico ao digital: para relembrar o passado, conhecer o presente, refletir sobre o futuro!

Conteúdo exclusivo sobre o caminho do comércio exterior brasileiro!


Aqui na Allink nós somos apaixonados pelo comércio exterior, então, pensamos em algo especial para homenagear essa ciência única que é parte fundamental da evolução do mundo. Desse desejo, nasceu esse material, que reúne relatos, pesquisas e reflexões sobre a evolução do comex no Brasil a partir da informatização dos processos até os dias atuais e, de bônus, algumas perspectivas para o futuro.


A seguir você poderá embarcar em uma jornada única, que traz informações que não se encontra no Google: visões e relatos que vem da experiência cotidiana no fazer do comércio exterior por profissionais com riquíssima experiência na área!


Comandantes desse trajeto:


Carla Vieira - Allink: Idealizadora dessa viagem!

Atua no comércio exterior desde 1998, passando por diversos setores. Trabalhou com os segmentos de importação, exportação, agente de carga, comissária, despacho, dentre outros. Atualmente é responsável pelo marketing da Allink, empresa na qual trabalha há 10 anos. Carla foi responsável pela idealização e realização das ações da semana do comex, incluindo as entrevistas que resultaram no presente material.


David Brandão Tavares - Blue Route: Um currículo invejável!

Tem 57 anos e trabalha atualmente na Blue Route. Sua trajetória no comércio exterior é ampla, começando nos anos 1980. Ele trabalhou 5 anos na Paiva & Cia Ltda; 3 anos na Airways Serviços de Comércio Exterior; 1 ano na Rhenus-Asas Transportes Internacionais; 2 anos na Comissária de Despachos Itápolis; 21 anos na Barci & Cia Ltda; 9 anos na Servimex Logística Ltda e 6 meses na Fiorde Assessoria e Despachos.


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O NAVIO COMEX ZARPOU HÁ MAIS DE DOIS SÉCULOS"? MAS VAMOS LEMBRAR UM POUCO DO ITINERÁRIO ATÉ AQUI?

Houve um tempo em que trabalhar com comércio exterior dispensava metade do tempo na academia"? Braços e pernas, pelo menos, eram involuntariamente treinados entre carimbadas decisivas e caminhadas com a papelada na mão. Você se imagina trabalhando assim? Ou suspirou lembrando dos velhos tempos?


Nós entrevistamos o David Brandão Tavares, que embarcou na área nos anos 80, isto é, antes da informatização dos processos aduaneiros. Ele vivenciou a transição do analógico para o digital, a evolução que isso trouxe, a implantação do Siscomex, transformação da profissão a partir dessas mudanças e continua à bordo, agora na Blue Route.


Inspirados com a fala desse profissional apaixonado pelo comércio exterior, trouxemos algumas curiosidades sobre a transformação ocorrida na área: para relembrar o passado, pensar o presente e, quem sabe, refletir sobre o futuro! Partiu?


QUANDO A DI ERA DE PAPEL, A 4ª VIA PERDIA ATÉ A COR DE TANTO MANUSEIO!

Eram nos pesados botões das máquinas de datilografia que se preenchia a DI. Havia um formulário padrão que deveria ser emitido em 5 vias iguais, o que se fazia utilizando o papel carbono. Não surpreende que enxergar o que estava escrito nas últimas vias era uma dificuldade, mas havia quem fizesse até 7 para armazenar cópias e evitar o xerox.


Uma folha de papel com muitas caixas.

“Essas cinco vias tinham cores diferentes, então, a primeira via era preta, a segunda"? é sépia que chama, né? Que é aquele marrom meio ’cor de burro quando foge’. E as outras, a terceira via também era preta, a quarta via era verde. Então era fácil você identificar qual era a quarta via, pela cor, né?”


Não havia e-mail e o fax não funcionava tão bem. Então, conta David, a 4ª via andava para cima e para baixo, pois a distribuição para o fiscal era feita de modo manual: “ela ficava em frangalhos”. Nessa jornada, para saber a quem a guia foi distribuída, os despachantes ficavam amontoados diante de um painel “igual molecada aí pra ver se passou no vestibular”.

Parece que as coisas eram difíceis, mas tinham sua magia...



NAQUELE TEMPO ELES NÃO PRECISAVAM DE HALTERES

Nos diversos setores do comércio exterior, o trabalho braçal ultrapassava operar a máquina de datilografia com destreza, para marcar o X na opção certa do formulário. O número da DI era gravado na guia com uma prensa pneumática, que furava os respectivos números. Tudo analógico!


Carimbos de pequenos a enormes eram manipulados para certificar a documentação: folha por folha. As assinaturas também eram na ponta da caneta. Imagina a trabalheira? Pelo menos os tríceps se garantia!



NÃO TINHA MOLEZA PARA NINGUÉM!

Já imaginou como era gerenciar as importações e exportações quando cada alfândega adotava sua própria sequência numérica? Era assim que acontecia antes do RE. Chega a dar gatilho! Bom, mas naquela época a quantidade de importações e exportações era menor.


Segundo o Comex Sat, em 1997, ano da implantação do Siscomex para a importação, essa atividade somou $60.537.962.059 e a exportação $52.947.495.532. Em 2021, as importações somaram R$219.409.359.680 e as exportações R$280.632.533.563. Ainda bem que nos integramos para lidar melhor com esse volume, certo?


Mas não só de integração e informatização vieram as facilidades conquistadas nas atividades aduaneiras. Sabe o Canal Verde? Ele não existia. O desembaraço se fazia pelo pente dos fiscais. David conta com graça que os fiscais de hoje têm muita sorte:


“Eles recebem hoje quatro, cinco DI's por dia. É de canal vermelho e amarelo, sendo que os fiscais no passado recebiam todas elas. Na hora ele decidia, ele poderia não conferir, mas desconheço o fiscal que não conferia”.


Fora a inexistência do Canal Verde, a coisa era ainda mais robusta e aventureira. Os fiscais não tinham sala própria. Por exemplo, no aeroporto de Congonhas, ficavam em bancadas de madeira ao redor do armazém. Lá os despachantes deixavam pilhas de vias de armazenagem antes mesmo da chegada do fiscal: uma medida preventiva para tentar garantir a velocidade do processo. Se você surta quando tem que esperar 10 segundos para um site carregar, pensa no que significava demora naquela época?



QUEM TEM MEDO DO DIGITAL? NÃO O PESSOAL DO COMEX, ELES FIZERAM FESTA!

Enquanto muitas áreas resistiram e ainda resistem à digitalização e automatização de processos, o pessoal do comércio exterior fez a festa quando a informatização chegou por lá. Depois de saber um pouquinho do perrengue de cada atividade, faz sentido, concorda?


É claro que rolou aquele medinho de ser substituído pela máquina. Mas, que povo ágil: rapidamente perceberam outras possibilidades e as profissões da área foram se transformando junto à evolução tecnológica. Nem mesmo as mudanças maiores, como a implantação do Siscomex, espantaram esse pessoal:


“Então, eu me lembro, no primeiro dia a gente já conseguiu isso de primeira, mas já no final do dia, porque a gente ficou o dia inteiro apanhando ali pra ver como é que fazia aquele troço lá. E foi uma comemoração, né? Quer dizer, a briga era pra ver quem registrava a primeira! [...] A primeira semana do Siscomex foi um evento, um acontecimento em todas as comissárias e importadores.”


Com o progresso tecnológico, atividades que eram uma verdadeira Odisseia se reduziram a alguns cliques. David viveu essa revolução do analógico para o digital, abraçou as mudanças, adaptou-se a cada transformação nos processos de trabalho e demonstrou-se sempre otimista sobre o futuro do comércio exterior. Em seu relato, pudemos perceber as transformações das carreiras da área e nos orgulhar do quanto o comex acompanhou a evolução com o mundo!



Pronto para o próximo trajeto? Pegue seu bilhete e embarque no link:
Outras fronteiras antes do digital.

Consegue imaginar como era se comunicar no dia a dia do comércio exterior antes da tecnologia de comunicação à distância? Aqui, quem viveu isso fala do assunto!

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