Você já se perguntou que tipo de carga pode ser exportada via aérea? Em um mundo globalizado e com cadeias de suprimentos cada vez mais interligadas, entender os detalhes desse processo é essencial para empresas que buscam expandir seu alcance no mercado internacional.
Desde produtos perecíveis até animais vivos, o transporte aéreo oferece uma gama diversificada de opções para exportadores e importadores. Descubra como esse processo funciona e os desafios envolvidos, desde a cotação de agenciamento até a entrega final da mercadoria.
Se você está interessado em explorar as nuances da exportação no transporte aéreo, continue lendo para saber mais.
Carga geral refere-se a mercadorias transportadas via aéreo, caracterizadas por sua natureza não específica e não delicada. Inclui partes, peças, equipamentos e produtos diversos de várias indústrias, como automotiva.
Denominada seca, essa carga não requer condições especiais de armazenamento, sendo acondicionada em embalagens padronizadas. Exemplos incluem partes automotivas e maquinários.
Sua simplicidade no transporte, ausência de necessidade de controle de temperatura e certificações específicas tornam a carga geral, também chamada de carga seca, uma opção comum para o transporte aéreo de mercadorias sem requisitos especiais.
Cargas refrigeradas no transporte aéreo abrangem produtos sensíveis à temperatura, como medicamentos e insumos farmacêuticos. Essas cargas podem ser ativas, com contêineres refrigerados equipados com sistemas de refrigeração específicos, ou passivas, em que o cliente assegura a refrigeração por meio de embalagens com gelo seco.
O controle preciso de temperatura é vital, com faixas que variam de temperatura ambiente a condições mais rigorosas. Em um único voo, os compartimentos de carga oferecem de 5 a 7 faixas distintas de temperatura, acomodando uma variedade de produtos.
Exemplos incluem medicamentos, insumos químicos e produtos congelados, como amostras de pão de queijo e açaí. Aqui fica evidente a necessidade de mencionar a temperatura ideal do produto na cotação.
Cargas perigosas, ou Dangerous Goods (DG), estão sujeitas a regulamentações como o Regulamento para o Transporte de Artigos Perigosos (DGR). Com nove classificações, incluindo inflamáveis, equipamentos magnéticos e baterias de lítio, estas exigem atenção especial à pressão e temperatura.
As divisões elétricas, risco de queima e materiais radioativos são exemplos. O transporte seguro requer cuidados específicos devido ao potencial impacto dessas variáveis durante o trajeto. Regras rigorosas abordam quantidades permitidas e compatibilidade entre diferentes tipos de cargas perigosas.
Isso é particularmente crítico em aeronaves de passageiros, onde medidas especiais são tomadas para garantir a segurança de carga e ocupantes, evitando, por exemplo, a proximidade entre cargas radioativas e animais vivos ou passageiros.
A regulamentação determina a quantidade permitida de substâncias perigosas a serem transportadas, levando em conta não apenas as características individuais de cada carga, mas também a interação potencial entre elas.
Por exemplo, restrições específicas são estabelecidas para evitar a proximidade de cargas radioativas com animais vivos ou passageiros.
Cargas de alto valor, também conhecidas como carga de valor, abrangem itens como papel moeda, ouro e equipamentos médicos com platina, incluindo também veículos específicos e produtos que ultrapassem mil dólares por quilo do valor declarado da mercadoria.
O critério para essa classificação é ultrapassar esse valor por quilo, o que impacta considerações logísticas e de seguro, mesmo para cargas de pequeno porte.
A complexidade do seguro nesse contexto é evidente, dada a cadeia de responsabilidades desde o cliente inicial até a seguradora. A limitação de mil dólares por quilo é uma prática comum na aviação para controlar os valores declarados das mercadorias.
Além de itens evidentes como dinheiro e ouro, a regulamentação também abrange material hospitalar, como pinos de platina utilizados em procedimentos médicos.
O valor declarado de qualquer mercadoria, mesmo aparentemente simples, é crucial, pois pode afetar a necessidade de escolta e outros aspectos logísticos. Neste sentido, destacam-se a Convenção de Montreal e a necessidade do seguro.
A Convenção é aplicável a todo transporte internacional remunerado de pessoas, bagagem ou carga, efetuado em aeronaves. A complexidade do seguro nesse contexto é evidenciada, considerando a cadeia de responsabilidades envolvida no transporte, desde o cliente inicial até a seguradora.
Carga vulnerável refere-se a produtos de alto valor agregado, como protótipos veiculares ou obras de arte, que possuem uma vulnerabilidade especial devido à sua natureza única.
Esta classificação destaca-se por exigir cuidados adicionais de segurança durante o transporte, incluindo medidas como escoltas dentro de armazéns e precauções específicas durante as conexões logísticas.
O objetivo é proteger essas mercadorias valiosas e, muitas vezes, inestimáveis, contra cópias e vazamentos de informações, garantindo uma condução segura ao longo de sua jornada logística.
Carga perecível, diferenciada pela necessidade de controle de temperatura, destaca-se no transporte aéreo, especialmente no Brasil, um dos maiores exportadores globais de frutas. Essa categoria abrange alimentos frescos, como frutas, devidamente certificados para exportação, com embalagens que garantem a qualidade.
Os principais agentes de cargas no Brasil se encontram nesta posição de liderança, sobretudo pelo embarque de frutas. Destinos principais incluem a Europa e os EUA, aproveitando a sazonalidade inversa.
Além das frutas, a carga perecível engloba carne, fortalecendo a posição global do Brasil como um dos maiores exportadores nesse segmento, com diversos frigoríficos atendendo à demanda nacional e contribuindo significativamente para o mercado internacional de cargas perecíveis.
Os destinos primários dessa carga incluem a Europa, onde a sazonalidade apresenta um desafio logístico interessante. Enquanto o Brasil mantém uma oferta consistente de frutas ao longo do ano, a demanda varia nos países do hemisfério norte devido às mudanças climáticas.
Essa dinâmica é evidente em frutas mais sazonais, onde a oferta diminui durante o inverno do hemisfério norte.
A carga viva engloba diversas categorias, incluindo o transporte de animais domésticos como cães e gatos, tanto por passageiros quanto por criadores especializados. Destaca-se o setor de cavalos, especialmente na América do Sul para o Oriente Médio, com Argentina e Brasil como principais produtores e exportadores.
O mercado árabe, notadamente para cavalos de polo, é significativo. Além disso, o transporte de peixes ornamentais, especialmente para o Japão, é uma faceta importante, com regiões como Mato Grosso e Amazônia sendo fornecedoras essenciais desse comércio diversificado.
As cargas projeto são casos singulares e atípicos no transporte aéreo, demandando soluções especiais fora das operações regulares. O transporte aéreo dessas cargas é essencial quando a rapidez é crucial e as dimensões desafiam as capacidades dos meios de transporte convencionais.
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