Etiquetagem na exportação: a importância no transporte marítimo LCL
Etiquetagem na exportação: a importância no transporte marítimo LCL

No transporte marítimo LCL, a etiquetagem desempenha um papel vital na identificação e manuseio de mercadorias. Com volumes crescentes de cargas LCL circulando diariamente pelos terminais, a ausência ou falhas na etiquetagem podem gerar prejuízos significativos, tanto financeiros quanto operacionais. 


Para agentes de carga e despachantes, entender e implementar boas práticas de etiquetagem não é apenas uma questão de organização, mas também de segurança e eficiência.


Este artigo explora a relevância da etiquetagem no transporte marítimo, destacando os elementos obrigatórios, os impactos de falhas no processo e dicas práticas para garantir uma operação eficiente.


O que é a etiquetagem e sua função no transporte marítimo LCL?


A etiquetagem consiste na identificação visual e padronizada das cargas por meio de informações impressas diretamente nas embalagens ou em etiquetas aplicadas. 


No contexto do transporte marítimo, a etiqueta é um dos principais meios de comunicação entre exportadores, terminais e transportadoras. Por isso a Allink, como um NVOCC, frequentemente cobra de seus clientes uma correta etiquetagem.


Ela indica aspectos fundamentais como fragilidade, empilhamento e características específicas, garantindo que as cargas sejam manipuladas corretamente. Sem uma etiquetagem clara, o terminal pode tratar a carga de maneira inadequada, resultando em danos, atrasos e até mesmo riscos à segurança de toda a operação.


Uma etiqueta eficiente deve conter dados precisos e relevantes. Entre as informações obrigatórias estão:


  • Número de reserva (booking): Essencial para rastreamento e confirmação da presença de carga no terminal.
  • Origem e destino: Informam o caminho logístico da mercadoria, permitindo que o terminal direcione corretamente a carga.
  • Exportador e importador: Identificam os responsáveis pelo envio e recepção.
  • Fragilidade ou empilhamento: Indicações como “não empilhável” ou “frágil” ajudam a evitar danos durante o manuseio.
  • Cargas perigosas (IMO): Para produtos químicos ou perigosos, é imprescindível especificar a classe de perigo e condições de armazenamento.


Esses elementos não apenas garantem o correto direcionamento da carga, mas também previnem complicações legais e riscos à segurança.


Impactos de falhas na etiquetagem


A ausência ou falhas na etiquetagem podem causar uma série de problemas logísticos e financeiros. Um exemplo é a situação de cargas entregues sem identificação

Esses volumes podem ser separados pelo terminal em áreas de "achados e perdidos", comprometendo prazos e gerando custos extras para localizar e redirecionar as mercadorias.

Outro impacto severo ocorre no transporte de cargas perigosas (IMO). A falta de identificação adequada pode levar à armazenagem incorreta de produtos químicos incompatíveis, criando riscos de explosões ou vazamentos. 

Em um caso real, uma carga de etiquetas adesivas foi embarcada sem declaração de que continha cola química classificada como carga perigosa. O erro resultou em multas, penalidades e atrasos consideráveis.

Por fim, etiquetas mal fixadas ou ausentes podem levar a erros na estufagem de containers, comprometendo a integridade das mercadorias, o que também dificulta o acionamento de seguros em casos de danos, pois a falta de identificação clara compromete a apuração de responsabilidades.


Como garantir uma etiquetagem eficiente


Garantir uma etiquetagem eficiente requer atenção a cada etapa do processo logístico. Tudo começa com o planejamento antecipado, onde todas as informações sobre a carga devem ser verificadas e atualizadas antes da emissão das etiquetas. 

O uso de materiais de qualidade também é essencial, especialmente etiquetas resistentes à umidade e ao desgaste, que suportam condições climáticas adversas durante o transporte. 


Em muitos casos, a contratação de serviços especializados oferecidos pelos terminais, como etiquetagem e reembalagem, pode ser uma solução eficaz para garantir conformidade com os padrões exigidos. 


A comunicação clara entre todos os envolvidos, desde o exportador até o terminal, é outro ponto crucial para evitar problemas. Por fim, investir no treinamento da equipe para identificar irregularidades na etiquetagem pode prevenir erros antes mesmo que eles ocorram, aumentando a eficiência de todo o processo.


Benefícios diretos para agentes de carga e despachantes


A etiquetagem eficiente oferece benefícios tangíveis para agentes de carga e despachantes. Ela reduz custos ao minimizar penalidades e retrabalhos, que muitas vezes surgem de falhas no processo. 


Ademais, melhora significativamente a segurança, prevenindo acidentes e protegendo tanto as mercadorias quanto os profissionais envolvidos. Em termos de operações, a etiquetagem adequada facilita o fluxo logístico, eliminando atrasos e garantindo maior eficiência nos terminais e embarques. 


Outro ponto importante é a credibilidade junto aos clientes: um processo bem executado fortalece a reputação e a confiabilidade dos agentes de carga e despachantes, criando um diferencial competitivo no mercado.


Conclusão


A etiquetagem no transporte marítimo é muito mais do que uma simples formalidade; trata-se de um pilar essencial para garantir eficiência, segurança e agilidade em toda a cadeia logística. 


Para agentes de carga e despachantes, adotar boas práticas de etiquetagem significa não apenas evitar problemas, mas também agregar valor ao serviço prestado, criando confiança e fidelidade entre os clientes.



Confira como fazer uma cotação eficiente e descubra como otimizar ainda mais suas operações logísticas!


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