Se o seu cliente importa em pequenas quantidades e precisa economizar no transporte internacional, com certeza você já o convenceu a trazer seus produtos dentro de um container na modalidade de carga fracionada ou transporte em formato LCL (Less Container Load).
Agora, para conquistá-lo definitivamente, você vai entender por que um trabalho, já conhecido, mas ainda pouco compreendido, o do NVOCC, precisa fazer parte do DNA do seu negócio.
Até pouco tempo era bem comum pequenas quantidades de mercadorias serem importadas por via aérea. O custo ainda compensava, sem falar da comodidade relacionada à rapidez do transporte.
Porém, a diminuição do número de voos e os altos custos, principalmente dos combustíveis, tem contribuído para a mudança do modal aéreo para o marítimo. Nesse contexto, a modalidade LCL, que já existia, mas sem grande expressão, ganha força.
Também conhecido como “carga solta consolidada”, onde os exportadores compartilham o mesmo container, o LCL possui várias vantagens, dentre elas:
- O fato de que praticamente todos os destinos e origens são possíveis nessa modalidade;
- A ausência de demurrage
- E principalmente, que o LCL é a porta de entrada para muitos negócios, o que chamamos de Trial Shipments.
E é exatamente para transformar todas essas vantagens e oportunidades do LCL em sucesso que surge o NVOCC. Termo já bem conhecido em sua forma abreviada, o Non Vessel Operating Common Carrier, é uma empresa consolidadora de cargas que mantém contratos com as companhias marítimas para embarcar os seus contêineres consolidados.
São inúmeros os fatores que possibilitam um resultado de sucesso. Entretanto, ter parceiros qualificados para estufagem e transbordo de contêineres em vários portos de conexão (Hubs) ao redor do mundo é um dos principais. Ou seja, uma ampla cadeia de parcerias internacionais é imprescindível em todo o processo. E é aí que entra o trabalho do NVOCC.
Tudo funciona como um Lego. É a engenharia logística em pleno funcionamento. Imagine que cinco empresas no Brasil, cada uma em um Estado e de diferentes segmentos, estejam importando de cinco indústrias na China, de lugares também diferentes.
Essas indústrias na China, ou seus agentes, levam os produtos até o Porto Marítimo mais conveniente, levando-se em consideração custo versus benefício nessa escolha, e depositam os mesmos em um armazém dentro do Porto.
Obviamente que não compensa cada um desses importadores pagarem para trazer tudo em um container exclusivo. Após a pandemia, o preço médio China – Brasil, por exemplo, subiu mais de 500% e alguns players chegaram a pagar incríveis US$12.000 de frete. A solução, portanto, é dividir os custos compartilhando cargas.
Assim, as cargas dentro do armazém são analisadas conforme sua natureza, medidas e estrategicamente acomodadas no container. Esse trabalho minucioso de consolidação de cargas e compartilhamento de espaço visando economia para os clientes e otimização da operação é o principal papel do NVOCC.
Seguindo o fluxo acima, esse container é levado até o Terminal de Embarques e acomodado no navio, que pode seguir direto para o Brasil ou passar por algum outro porto internacional, caso o Armador identifique essa necessidade. Nosso container, por exemplo, pode inclusive sofrer um transbordo de navio, não sendo aberto nesse porto em questão. Nesse caso continua sendo um serviço direto, sem intervenção do NVOCC.
Mas, esse mesmo container pode sim, por conveniência do NVOCC, precisar de um transbordo de carga em um porto da Bélgica por exemplo, para serem adicionadas outras mercadorias. Assim, precisa ser retirado do navio, colocado em um armazém no porto, esperar autorização do país para abertura do mesmo e passar pelo processo de estufamento novamente para seguir viagem em outro navio, ou até no mesmo.
Enfim, chegando ao Brasil, o NVOCC recebe as mercadorias no terminal por ele indicado, o container é “desovado” dentro de outro armazém no Porto, as cargas são desconsolidadas conforme as regras do Brasil, nacionalizadas, e saem para entrega conforme o transporte contratado de cada empresa.
Toda essa movimentação e todos os detalhes, documentações, cuidados e segurança no processo são responsabilidade do NVOCC e é imprescindível para inibir possíveis roubos de carga, avarias e, claro, ratificando, redução de custos.
Apesar de o NVOCC já estar funcionando há um tempo expressivo no mercado nacional, há ainda uma imaturidade em relação ao entendimento sobre a atuação desse tipo de entrega. Como mencionamos acima, para se ter esse status, alguns requisitos básicos devem ser observados, além de outros valores agregados.
Nesse cenário, a Allink é o parceiro ideal para garantir que haja sucesso em todos os pontos da cadeia. Além de ser considerada uma das maiores e mais conceituadas empresas da área de transporte de cargas LCL, é reconhecida por sua neutralidade nos segmentos em que atua, sendo parceira dos agentes de carga, comissárias de despacho, despachantes aduaneiros, assessorias e consultorias de comércio exterior.
Tem expertise operacional em todas as regiões do País, é ágil no atendimento pois tem foco no LCL, oferecendo mais de oito mil rotas mundiais, e tem cobertura mundial com a plataforma WWA – WordWide Alliance – atuante em mais de 70 países.
Com o amadurecimento do mercado nacional de importações e exportações nos últimos 20 a 30 anos, mais e mais parcerias de sucesso nesse segmento vêm sendo celebradas em velocidades cada vez maiores.
O mundo tem mudado rapidamente e novas formas de fazer as mesmas coisas, com mais economia e inteligência, são fortemente estudadas e abraçadas oferecendo, a todo momento, oportunidades para quem busca excelência e superação de desafios. O NVOCC tem muitos e bons desafios pela frente ainda, mas já mostrou a que veio e se fortalece a passos largos.
Conte com a Allink para ter a melhor logística nos seus embarques de carga.
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